Gestante
Parque do Piqueri
Gestante - Karina Santos
Para aqueles que não sabem, eu e a minha irmã tivemos uma loja de roupas femininas. É lá que a nossa história começa.
A loja que ficava bem ao nosso lado desocupou e logo foi alugada por uma empresa que venderia produtos eletrônicos. No primeiro dia de funcionamento, houve uma inauguração e a proprietária me chamou para conhecer o novo espaço. Lá ela me deu comidinhas. Sim!!! Aquelas típicas de festinha, com brigadeiro bem gostoso e foi exatamente naquele momento em que ela me alimentou, que ganhou meu coração. (Obs.: Adoro pessoas que me alimentam!)
Como não poderia ser diferente, nos víamos todos os dias, dávamos muitas risadas e tomávamos café. (Obs.: Adoro café! Não. Eu AMO café!)
Aos poucos, fui descobrindo que ela era uma menina super batalhadora e que ainda tinha muita vontade de conquistar várias coisas e realizar muitos sonhos. Pouco tempo depois encerramos o funcionamento da loja, mas mantivemos o contato.
Quase dois anos depois, eu estava cursando o profissionalizante de fotografia, quando recebo uma ligação da Karina. Ela tinha uma filha adulta, mas sonhava em ter mais um filho. E o sonho estava se realizando.
Fiquei muito feliz e marquei de encontrá-la. Levei meu mostruário e a proposta com os valores para o ensaio gestante.
Naquele dia, ela me disse que tinha um grande desejo que era tirar aquelas fotos com tecidos voando. Prontamente respondi: eu posso fazer isso pra você!!
Sai de lá, toda feliz, com o negócio fechado, proposta assinada e com um milhão de dúvidas na cabeça. Pensava em que tecido poderia ser melhor para causar impacto, que roupas eu tinha que poderiam me ajudar nesse ensaio e tudo mais.
No dia seguinte, eu estava na Bresser comprando 10 metros de pano azul. Isso mesmo, 10 metros!!!
No dia marcado, lá fomos eu e minha irmã, levando equipamentos, acessórios, roupas e o pano azul. Logo, na entrada do parque do Piqueri, demos de cara com a família dela reunida, todos com camisetas personalizadas, super empolgados.
Meu estômago revirava e minha cabeça latejava com aquela preocupação: Será que vou conseguir?
Como sempre, conversamos muito e fizemos várias fotos em lugares diferentes antes de iniciarmos o momento tão aguardado.
Encontramos um espaço amplo e vazio onde havia espaço suficiente para esticarmos o tecido e sem que ninguém aparecesse nas imagens. E então começamos a bater o pano... Isso mesmo, você precisa de ajuda para bater o pano, a fim de fazê-lo voar.
Foram muitas risadas e muito mais fotos, mas saí de lá com a certeza de que tinha conseguido atender a minha cliente. Ela teria enfim, a tão sonhada foto com o pano azul voando.